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Emissão de gases de efeito estufa sofre redução na RMC

As emissões de gases de efeito estufa tiveram redução de 0,15% na Região Metropolitana de Campinas (RMC), segundo o Anuário de Energéticos do Estado de São Paulo de 2020, que tem como base o consumo de 2019. A redução foi puxada especialmente por Paulínia, que teve queda de 6,9% nas emissões — resultado do menor consumo de gás natural e de derivados de petróleo na cidade. Campinas permanece a maior emissora da RMC. No ano passado, a cidade emitiu 2.197,64 toneladas de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera, um aumento de 2,6% em comparação ao ano anterior.

Além de Paulínia, o anuário aponta redução também em Engenheiro Coelho, Holambra, Sumaré e Valinhos. Os gases do efeito estufa (GEE) são gases que absorvem uma parte dos raios do sol e os redistribuem em forma de radiação na atmosfera, aquecendo o planeta em um fenômeno chamado efeito estufa. Os principais gases do efeito estufa presentes na atmosfera são: CO2, CH4, N2O, O3, halocarbonos e vapor d’ água.

Em novembro, o prefeito Jonas Donizette (PSB) sancionou lei que institui a Política Municipal de Enfrentamento dos Impactos da Mudança do Clima e da Poluição Atmosférica de Campinas. Com isso, o Município assumirá o compromisso de reduzir as emissões de gases de efeito estufa e poluentes em 5% até 2025 e reduções graduais até atingir 32% de redução em 2060.

A Política Municipal de Enfrentamento dos Impactos da Mudança do Clima e da Poluição Atmosférica de Campinas é resultado do Inventário de Emissões da Região Metropolitana de Campinas que levantou fontes e sumidouros e reportou as emissões e remoções dos Gases de Efeito Estufa resultantes das atividades humanas na região.

O inventário apontou que a região é responsável pela emissão de 11,2 milhões de toneladas, das quais 85% são originadas pelos setores de energia estacionária e de transportes.

Para a redução das emissões pelo transporte, o plano prevêr que toda a frota municipal seja movida a biodiesel, estímulo à circulação de veículos elétricos, ampliação dos corredores de ônibus e faixas exclusivas, requalificação da malha ferroviária para adequação ao transporte de passageiros, criação de um centro de abastecimento de cargas para o aeroporto Viracopos.

Os resíduos respondem por 1,06 milhão de toneladas, os processos industriais por 300 mil toneladas, a agricultura por 359 mil toneladas. Para reduzir as emissões geradas por resíduos, o plano sugere ampliação da coleta seletiva, aterros sanitários apenas para rejeitos, aproveitamento energético do metano em aterros sanitários e uso de novas tecnologias, entre outras medidas.

No setor de energia, propõe a ampliação dos sistemas de energia fotovoltaica, e uso energias renováveis, campanhas de conscientização, reduzindo o consumo de energia e o desperdício energético em edifícios residenciais, comerciais e de serviços públicos, adoção de medidas para melhorias na eficiência e na resiliência do parque de iluminação pública com a substituição por luminárias mais eficientes.

Confira na fonte: https://correio.rac.com.br/_conteudo/2020/12/campinas_e_rmc/1043480-emissao-de-gases-sofre-reducao.html#